A criança pode e deve exercer sua cidadania política. A
política não é exercitada somente na vida pública, participando do processo
eleitoral por meio do voto. A cidadania política se exerce 24 horas por dia,
nos pequenos atos, na rotina do cotidiano. É tão importante quanto a “grande
política”.
A criança exerce sua cidadania no relacionamento com os
outros, com a família, com o trabalho, com a escola, com os vizinhos. O modo
como ela se coloca na cidade define o quanto a criança exerce a sua cidadania.
Esse modo de relacionamento possui algumas características.
Primeiro, é preciso cultivar a responsabilidade com a
coletividade. Por exemplo: jogar lixo no lugar certo é um ato político porque
beneficia a comunidade. Ações como pedir e dar orientações e solicitar serviços
são políticas, pois utilizam equipamentos fornecidos pelo Poder Público. Se um
serviço é mal prestado, tem-se direito de reclamar. Isso também é política.
Segundo, as ações da criança não são somente individuais,
mas sociais porque podem interferir no mundo. A família, por exemplo, é o
primeiro grupo político da criança. Nela coexistem limites e regras comuns a
qualquer relacionamento. A criança precisa aprender a respeitá-las. A escola é
outro grupo político porque tem suas regras de funcionamento. Vivendo em
conjunto, temos de respeitar regras de convívio (deveres) e conhecer nossos
direitos.
O bairro em que se vive deve ser preservado. Preservá-lo é
um ato político. Não se admite que crianças e jovens se envolvem em atos de
vandalismo, afinal equipamentos públicos são uma extensão da casa. Entre os equipamentos coletivos de um bairro, o que merece
cuidado da criança é a escola. Lugar de aprendizado das mais diferentes
disciplinas, a escola é um espaço de aprendizado político. Nela se aprende a
convivência, a tolerância e a prática da cidadania. Nela, por exemplo, pode-se
participar do Grêmio Estudantil.
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