segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mauro Araújo quer estender notificação compulsória à Educação

Atualmente utilizada na Saúde, a notificação compulsória deve ser estendida também para a Educação. A proposta é do vereador Mauro Araújo (PMDB), presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, e que presidiu a Audiência Pública que tratou sobre ronda escolar. 


Aprovada em 2011, a lei prevê que as unidades de saúde indiquem as autoridades caso percebe que algum paciente sofreu violência. “Temos que avançar nessa questão e permitir legalmente que os professores também informem aos policiais se um aluno chegou à escola com sinais de agressão”, disse o parlamentar.

Com a presença das secretarias de Educação e Segurança, além de representante da Polícia Militar, do Sindicato dos professores e de diversos pais e alunos, a audiência abordou as falhas no sistema de segurança na cidade, o que tem resultado em agressões e roubos aos estudantes nas proximidades das unidades escolares. Segundo o comandante da 2ª companhia do 17º Batalhão, Fabio Antoninho Schultze, a cidade precisaria de 80 policiais e 40 veículos para fazer um ronda escolar correta. “Fazemos uma análise da criminalidade para definir onde estaremos. Não consigo fazer segurança em toda a cidade”.

Para o vereador Mauro Araújo, o Poder Público não pode permitir que os pais tenham medo de mandar os filhos à escola. “Tem pai que deixa o filho ir sozinho à escola, e se ele não tiver como levar, tem que ficar em casa, por medo da violência. Em sete anos o CPA/M-12 teve 12 comandantes. Dessa forma não é possível traçar estratégias e fazer uma política pública de segurança”, disse Mauro.

O pai de um aluno do SESI, da Vila Industrial, Rodrigo Guilherme, esteve na audiência e fez um apelo. “Meu filho podia ter morrido e espero que haja uma resolução rápida para que outros pais não sofram o que eu estou passando. Espero que haja um trabalho imediato das autoridades”. 

O Secretário Adjunto de Segurança, Paulo Sales, disse que o efetivo da PM da cidade é muito abaixo do necessário. “Em 2006 estávamos com déficit de 200 homens, imagina hoje, cinco anos depois? Hoje temos um policial para cada 10 mil habitantes, onde o correto seria a proporção 1 para 750 mogianos”, afirmou. 

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