Um modelo de gestão mais arrojado e a utilização de
Parceria Público-Privada (PPP) por parte do Sistema Municipal de Água e Esgoto
(SEMAE). Foram essas duas as cobranças realizadas pelo vereador Mauro Araújo
(PMDB) ao diretor do Semae, Marcus Melo, que esteve hoje, 23, na Câmara de Mogi
das Cruzes para responder aos parlamentares sobre quais os investimentos
futuros na cidade.
“Sozinho o Semae não tem condições e capacidade para
investir e resolver todos os problemas de Mogi. Esse sistema atual de autarquia
é inviável, e os avanços conquistados ainda são poucos, pois a cidade cresce de
forma acelerada e sempre ficamos costurando os problemas e não resolvemos os
problemas maiores”, disse o vereador Mauro Araújo.
Atualmente, o Semae gasta R$ 40 milhões por ano para
pagar a Sabesp pelos serviços de tratamento de esgoto e abastecimento de água
de algumas regiões de Mogi das Cruzes. “Os bairros da Divisa e os condomínios
da parte alta da cidade são abastecidos pela Sabesp. Perdemos de arrecadar em
todo esse local e se um dia quisermos recuperar esse prejuízo teremos que pagar
à Sabesp. Isso é um erro”, afirmou o vereador.
Com 53% do esgoto tratado, a cidade de Mogi das Cruzes
evoluiu nesta área, já quem em 2000 apenas 5% do esgoto era tratado no
município. “Avançamos nesse setor, mas essa evolução é pouca perto do que
precisamos e do grande crescimento populacional que Mogi registra”, disse
Mauro.
Esperando por verba do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC-2), a crítica do vereador é pela espera deste recurso sem que
haja um Plano B. O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) estará amanhã, 24, em
Brasília para tentar R$ 250 milhões para o Semae. “Espero que toda essa verba
venha para a cidade, mas acredito que se
conseguir 30% é muito. Temos que adotar uma gestão política e utilizar o PPP. Mesmo
se todo esse montante chegar não resolveremos todas os problemas”, completou
Mauro Araújo.
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